domingo, dezembro 18

ele disse mesmo aquilo que se sente.

fico menos triste em deixar de partilhar uma cidade contigo,

"porque desconfio que se disser mar em voz alta tu me entras pela janela".

segunda-feira, novembro 21

"Se tivesse que escrever um livro de moral, as primeiras 99 páginas ficariam em branco e na 100ª PÁGINA escreveria uma só frase: Existe um único dever, o dever de amar".

Albert Camus (1913-1960)

sexta-feira, novembro 18

Ergo a espada de espuma pra dizer:

Um por todos e todos pelo mar.

gosto muito de nós.

quarta-feira, novembro 2

ai..

sexta-feira, outubro 14

Fazes-me falta todos os dias.
Para aquelas coisas que só tu compreendes.
Para desatares os nós que às vezes penso da vida.
Para o beijinho no ombro.
O olá de olhos e voz na alvorada.
Sem ti aqui sou menos eu.
Sou toda aqui, às 4h24 da manhã, a teclar-te estes Parabéns em surdina para não acordar as pessoas que dormem mesmo ao meu lado.
Agora grito: Parabéns, sorriso vermelho!! - Ouviste daí?
O que mudou, neste dia?

segunda-feira, outubro 10

O céu ficou cinzento e o mundo mais apertado.

domingo, setembro 25

Tudo aqui quer me revelar
Minha letra , minha roupa, meu paladar
O que eu não digo, o que eu afirmo
Onde eu gosto de ficar
Quando amanheço, quando me esqueço
Quando morro de medo do mar
Tudo aqui
Quer me revelar
Unhas roídas
Ausências, visitas
Cores na sala de estar
O que eu procuro
O que eu rejeito
O que eu nunca vou recusar
Tudo em mim quer me revelar
Tudo em mim quer me revelar
Meu grito, meu beijo
Meu jeito de desejar
O que me preocupa, o que me ajuda
O que eu escolho pra amar
Quando amanheço, quando me esqueço.

Me Revelar
by C. Oyens e Zelia Duncan

sábado, setembro 17

Um dilúculo dentro de paredes.


Agora há palavras ilustradas.

sábado, setembro 10

"Porque há sempre lugares
Onde o céu é de todas as cores
E o mar é como tu o fizeres
Há sempre lugares assim.."

E é bom saber isso.

quarta-feira, agosto 3

Olha
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Será que é o contrário
Será que é pintura
O rosto da atriz
Se ela dança no sétimo céu
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Olha
Será que é de louça
Será que é de éter
Será que é loucura
Será que é cenário
A casa da atriz
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz
E se ela chora num quarto de hotel
E se eu pudesse entrar na sua vida

Sim, me leva para sempre, Beatriz
Me ensina a não andar com os pés no chão
Para sempre é sempre por um triz
Ah, diz quantos desastres tem na minha mão
Diz se é perigoso a gente ser feliz

Olha
Será que é uma estrela
Será que é mentira
Será que é comédia
Será que é divina
A vida da atriz
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis
E se um arcanjo passar o chapéu
E se eu pudesse entrar na sua vida

por Edu Lobo/Chico Buarque

sábado, julho 23

apanhei-te!

segunda-feira, julho 18

Todos os dias. Depois de jantar vou a casa arrumar a mochila e depois sigo até à terra dos sonhos.
Desde quarta feira que tenho dormido lá.

quinta-feira, junho 30

Onde a terra acaba e o mar começa.

Uma boa escolha..

quinta-feira, junho 9

"Para mim, qualquer trabalho de escrita implica sempre um processo curioso que é quase roubar ao real aquilo que ele te oferece de graça."
J.P. Simões

Ele escreve, canta e divaga.
Eu suspiro.

quinta-feira, maio 19

É isto.
É isto mesmo!

terça-feira, abril 19

Se encontrar por aí um abraço, caío-lhe, em peso morto.
Quando a força não tem um bonito sinónimo, o mimo enfraquece.

sábado, março 5

Hojes

A minha alma começa a desenrolar-se do cantinho de dentro do meu corpo onde se protegia do frio.
Começou a avançar pelos braços. Há alma a percorrer as minhas pernas, alma dos olhos a contagiar as sobrancelhas.
Alma a encher toda a forma. E a esticar os lábios para um sorriso fácil.
Hojes.

sexta-feira, fevereiro 25

22e 23 de Fevereiro de 2005

O espaço chamava-se Terra.

Passou um caderno em que as pessoas iam escrevendo.
Ficou assim:

Escorro a lágrima que corre para as profundedades inebriadas da emoção.
A gruta de sonhos derramados como tinta de piano solitário.
È quase a concretização, o sangue corre a velocidade mil até à ponta dos dedos e para. Trava. Quase tocava. Quase cheirava o cabelo. Quase abraçava.
Estamos sob as árvores, de caras insufladas no bule de chá. A luz rodopia nas palavras por assentar.
Quase respiro.
exorcizas o sincretismo dos suspiros
abres a mão e libertas o mar revolto
sem esquecer a primeira luz nos antigos olhos
O carrocel da minha infância... que gira vezes sem conta no meu pensamento, e insiste em fazer girar a minha vida em torno de um mesmo objectivo... um só!
E enrola-se como aspiral corpórea que nos toca, contra a fita cortante que alimenta o amor do nosso coração, o rio belo ao qual nos juntámos e percorremos em toda a sua intensa melancolia.
Somos um... e contudo sentimo-nos separados...
-Pensa numa cor.
-Pensei.
-Pensa numa flor.
-Pensei.
-Pensa num desejo.
-Pensei.
-Para cima ou para baixo?

Para cima. É um movimento que não controlo. Juro. Prometo. Ás vezes chamo e descrubo que não lhe sei o nome. E quando vem, assim, agora, nem penso em perguntar como se chama o sorriso.
" Que horas são na terra dos sonhos? Que passas? Sei disso. Sei que cerveja com amigos. Sei que os amo. E a ti também. Que cores são na terra dos sonhos?"
"É preciso lençois." (Sílvio Mendes) Todas as ruas por fazer numa cidade tremida. Para cima. Um, dois, três e já não te conheço. Apaguei a tabuada do lápis com a aguça.
nas tardes de amor e esquecimento
um ópio sanguinário revelado por trés verbos
alma jogada em póker e o vinho tinto da menstruação
querer viver por cima da sobrevivência: os passos perdidos

Aquele som!... Aquele cheiro... Que saudades de correr por entre aquelas folhas secas de Outono, e ouvir o estalar dos meus passos sobre elas... Aquele cheiro! As cores... que saudades... Por momentos ainda consigo ouvir o riso do prazer, sentir aquele cheiro e rever as cores.
Sul!
Um dia, um espaço em branco,
outro dia...
Um Norte magnético!
Uma folha de papel rasgada, precisada de ser escrita.
Um dá sorridente... num vazio... num dia triste.
Num olhar que se despede infinitamente para se sepultar.
Como estátua erquida à beleza idealizada.
Um sonho. Uma palavra. Um silêncio. Um espaço a percorrer.
Ainda em branco...
Ainda em branco...
Entre mim e ti.
O que se quer dizer quando se escreve Sul?
E quando se escreve Sol? Amanhece?


Os autores:
Paulo
Catarina
Rita
Hugo Rafael
Joana
Milú
Helder

Algumas pessoas não conheço. Estavam apenas na nossa mesa e marcaram o meu caderno.
Escrevemos a noite a bater-nos na cara. Eu acredito.

sexta-feira, fevereiro 11

Ela vaí à minha frente na vida. Leva a tocha e vai iluminando um pouco o caminho, e não é um caminho comum. É daqueles que ainda não foi aberto, que é só nosso e que, por isso, tem mais silvas e mais espantos.
"Está mesmo frio ou é da minha solidão?"
Uma multidão gelada.

Embriaga-te

Devemos andar sempre bêbados.
Tudo se resume nisto: é a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do Tempo que te despedaça os ombros e te verga para a terra, deves embriagar-te sem cessar.
Mas com quê?
Com vinho, com poesia ou com a virtude, a teu gosto.
Mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas duma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que se passou, a tudo o que gemeu, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunta-lhes que horas são:
"São horas de te embriagares!"
Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem cessar!
Com vinho, com poesia, ou com a virtude, a teu gosto.


Charles Baudelaire